Há pequenas coisas que denotam a deterioração da autoridade
do Estado.
Há uns anos, os táxis deixaram de ter as tradicionais cores
verde-e-preto para passarem a uma cor amarela, tipo areia. À época, recordo-me
de ter ouvido sólidos argumentos em favor da opção por essa nova cor. Agora, de
há uns meses a esta parte, verifico que os táxis regressaram ao verde-e-preto.
Imagino que haja outras luminárias a avançar especiosas razões favoráveis ao
regresso a essas cores originais, seguramente contradizendo em absoluto as
anteriores.
A minha questão é, porém, outra. Enquanto, na anterior
versão verde-e-preto as cores eram únicas, agora o verde usado nos táxis parece
ter sido deixado "à vontade do freguês". Hoje, durante alguns minutos
no aeroporto, dei-me conta de, pelo menos, seis tons de verde utilizado. Alguns
deles são, de forma propositada, tão escuros que quase se aproximam da cor
preta. Outros vão desde evidentes espécies de azul ao verde claro
"saloio", passando verde "elegante" (do Sporting, claro).
A minha pergunta é simples: é normal esta variedade ou
trata-se de uma padronização falhada? Ou será que o Estado tem medo aos
taxistas? Ou isto já é produto da doutrina liberal "in the making"?
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