Taxis, karma e procissões
Meti-me num táxi até ao aeroporto. Levava um pequeno trolley e assim que entrei no carro ainda tentei negociar com o condutor que o tamanho da mala não justificava que ela fosse na bagageira mas o taxista foi irredutível. Encolhi os ombros e segui viagem.

À porta das chegadas do aeroporto estendo-lhe o dinheiro para lhe pagar a conta. Noto que ele não inclui a tarifa da bagageira e, pirracenta, lembro-lhe de tal.
“A menina não me leve a mal mas eu, afinal, não lhe vou cobrar o aluguer da bagageira. Fica uma oferta minha. Em homenagem à Mariana”.
E eu sorri. Há quem acredite em karma. Eu acredito no bem. Porque o bem é como uma procissão: volta sempre ao lugar de onde partiu.
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