Morte arrasa militar
Pediu transferência para a Brigada de Trânsito depois de ter atropelado mortalmente ladrão
O militar que matou um assaltante, a 8 de março, nas bombas de gasolina da Repsol, em Serzedo, Vila Nova de Gaia, não recuperou do choque. Desde essa altura nunca mais conseguiu prestar serviço em patrulhas de rua e já foi transferido para a Brigada de Trânsito, a pedido do próprio. O processo-crime – a cargo da PJ do Porto – também o iliba de responsabilidades. As testemunhas garantem que foi o assaltante quem se atirou para a frente do carro e não o contrário. Tudo aconteceu na sequência de um roubo. A mulher do militar foi às bombas comprar tabaco e aquele ficou no carro com o filho bebé. Entrou depois um assaltante que levou todo o dinheiro da caixa em poucos minutos. O militar da GNR entrou em pânico e para proteger o filho ainda saiu do local, enquanto tentava ligar por telefone aos colegas que estavam de serviço. Foi já depois de o ladrão sair da bomba e tentar roubar – sem êxito – os carros dos funcionários das bombas que tudo se precipitou. O militar, que estava de folga, tentou fugir porque temia que o assaltante disparasse, mas acabou por colhê-lo quando ele foi de encontro ao carro. Manuel Serra, de 60 anos, toxicodependente, ficou debaixo do automóvel particular do militar e não resistiu aos ferimentos. O carro, entretanto apreendido, já foi devolvido ao militar da GNR.
Correio da Manhã
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